As atualizações do Google ano a ano
Todo SEO sabe que a evolução dos algoritmos que o Google criou e usa não é um conjunto de episódios isolados, mas sim um desdobramento contínuo, impulsionado por uma missão alinhada à promessa que a empresa nos fez ainda nos tempos do “Don’t be Evil”: aprimorar a forma como as pessoas acessam a informação na Web.
Desde os primórdios do SEO, essa trajetória foi moldada por uma briga: o Google, de um lado, tentando entregar os resultados mais pertinentes e, talvez, úteis, e os especialistas em otimização fazendo de tudo para manipular os sinais de classificação para ganhar visibilidade. Essa cabo de guerra tem funcionado, por décadas a fio, como um catalisador da inovação em algoritmos, para o bem ou para o mal.
A missão que orienta essas transformações se baseia em três pilares principais:
- Aprimorar a relevância das respostas às consultas dos usuários,
- Combater as práticas que manipulam os algoritmos,
- Priorizar conteúdos que satisfazem genuinamente as necessidades das pessoas, segundo os critérios do Google.
Podemos concordor com ou não com a lógica por trás de cada nova atualização, debater os seus efeitos em nossos projetos, impactos devastadores em mercados e outros problemas, mas uma coisa é certa: desde as intervenções iniciais e impactantes até os sofisticados sistemas de inteligência artificial da atualidade, esses updates moldaram a forma como publicamos, encontramos e usamos informação em nosso mundo atual.
Algoritmos que transformam o mundo, e só os SEOs sabem
A magnitude da transformação que os algoritmos provocaram na web é imensa. Geralmente vemos posts que se concentram nas atualizações mais importantes, como “Panda” e “Penguin”, mas elas representam apenas uma pequena parte das mudanças.
Em 2022, por exemplo, o Google realizou 4.725 modificações em seus sistemas de busca, o que equivale a uma média de 13 por dia. Além disso, conduziu mais de 894.000 testes de qualidade e 13.000 experimentos de tráfego em tempo real.
É fácil concluir que essa atividade praticamente ininterrupta indica que o algoritmo opera em um estado de fluxo constante. E aqui eu descobri que isso vem de um update que eu nunca tinha ouvido falar, o “Fritz” de 2003. Foi nesse update que o Google passou a modificar seu algoritmo continuamente, em vez de realizar atualizações mensais.
Para me ajudar a escrever e para lhe ajudar a compreender essa história toda, resolvi criar segmentos, organizados por épocas conceituais distintas, em vez de seguir uma cronologia linear.
Essa perspectiva nos permite traçar a jornada da aplicação de regras técnicas de combate ao spam para uma avaliação holística e orientada por IA da qualidade e da experiência do usuário. A história do algoritmo do Google, em sua essência, reflete o próprio amadurecimento da Web. As atualizações representam, ao mesmo tempo, uma reação a novas táticas de spam e um impulso proativo para elevar os padrões de qualidade de todo o ecossistema digital.
As primeiras atualizações, como o “Florida”, foram uma reação direta às táticas de spam da época. Com a sofisticação dos métodos de SEO, o Google respondeu com contramedidas mais robustas, como o Panda e o Penguin, que não se limitavam a punir uma tática isolada, mas desvalorizavam categorias inteiras de recursos digitais de baixa qualidade.
Paralelamente, a empresa investiu em tecnologias disruptivas, como a nova infraestrutura de indexação (Caffeine) e a compreensão semântica (Hummingbird, BERT). Essa evolução em duas frentes, combater o abuso e redefinir proativamente o conceito de “qualidade”, é o motor central por trás de cada mudança algorítmica.
2003–2010: a era basilar que estabeleceu as diretrizes da web
O período inicial da evolução do algoritmo do Google foi pautado pela definição de regras basilares. O foco central era reprimir a manipulação visível, muitas vezes de natureza técnica, e estabelecer um parâmetro para o que seria uma página web genuína e um perfil de link respeitável. Essas atualizações foram os primeiros esforços em larga escala do Google para aplicar suas diretrizes de qualidade de forma algorítmica, demarcando o campo de batalha inaugural entre o motor de busca e os profissionais de otimização.
A primeira onda de impacto ocorreu com a atualização Florida, em novembro de 2003. Considerada a primeira grande e disruptiva atualização do Google, ela penalizou significativamente táticas de SEO consideradas manipuladoras, como o “keyword stuffing” (uso excessivo de palavras-chave). O momento de seu lançamento, próximo à temporada de compras de fim de ano, teve um impacto tão grande que, por muitos anos, o Google prometeu evitar grandes atualizações nesse período.
A atualização Austin, em janeiro de 2004, foi uma extensão direta desse esforço, com foco em táticas de otimização on-page que, embora eficazes na época, já eram consideradas spam.
Em seguida, o escopo se expandiu para o spam off-page com a atualização Jagger, em outubro-novembro de 2005. Lançada em fases, a Jagger foi o primeiro grande movimento algorítmico do Google contra práticas de construção de links de baixa qualidade, visando especificamente a fazendas de links, links recíprocos em excesso e links comprados. Esse foi um momento decisivo, pois indicou que a forma como os sites se conectavam uns aos outros seria analisada com a mesma seriedade que o conteúdo das páginas.
No entanto, nem todas as atualizações dessa era basilar foram punitivas. Algumas introduziram mudanças substanciais na infraestrutura, preparando o terreno para capacidades futuras. A Big Daddy, em dezembro de 2005, foi uma atualização na arquitetura de rastreamento e indexação que possibilitou um processamento mais eficiente da web. Anos mais tarde, a Vince, em fevereiro de 2009, embora classificada como uma “pequena mudança”, teve um impacto considerável ao passar a dar preferência a grandes marcas em buscas genéricas, introduzindo a ideia de confiança e autoridade no algoritmo de classificação.
O ápice desta era, a atualização Caffeine, ocorreu em junho de 2010. Diferentemente das anteriores, a Caffeine não alterou o algoritmo de classificação, mas sim revolucionou o sistema de indexação do Google. Essa alteração permitiu que o Google indexasse conteúdo 50% mais rapidamente e processasse novas informações quase em tempo real. Este salto tecnológico foi um pré-requisito para as inovações mais complexas da década seguinte, estabelecendo as bases para um motor de busca mais rápido e responsivo.
As atualizações dessa era foram marcadas por seu foco em regras restritivas, em vez de qualidade prescritiva. Elas foram criadas para ditar o que não fazer (por exemplo, não usar excesso de palavras-chave, não comprar links) em vez de definir, de forma holística, o que constitui uma boa experiência do usuário.
A atualização Caffeine representa um ponto de virada determinante dessa filosofia, redirecionando o foco da aplicação de regras para aprimorar capacidades e preparando o terreno para algoritmos significativamente mais sofisticados.
2011–2014: a revolução da qualidade de conteúdo e links
Esta era sinalizou uma grande mudança no método que o Google usava para avaliar sites, inaugurando uma fase que transformou permanentemente a indústria de SEO. O foco evoluiu de evitar penalizações por táticas específicas para exigir a demonstração intrínseca dos dois ativos mais importantes de um site: seu conteúdo e seu perfil de backlinks.
As atualizações Panda e Penguin foram as ferramentas dessa revolução, obrigando a indústria a se profissionalizar, migrando de uma prática de manipulação técnica para uma disciplina de marketing de conteúdo mais estratégica.
A primeira grande mudança foi a Atualização Panda, lançada em fevereiro de 2011. Sua função era clara: identificar e rebaixar sites com conteúdo de baixa qualidade, superficial ou gerado automaticamente por fazendas de conteúdo, enquanto premiava sites com conteúdo original, útil e bem pesquisado.
O impacto inicial foi maciço, afetando quase 12% das buscas nos EUA. O Panda não foi um evento isolado, mas sim uma campanha persistente. A atualização Panda 2.0, em abril de 2011, expandiu sua cobertura para todas as buscas em inglês e passou a incorporar dados de usuários, como a ação de bloquear sites nos resultados de busca. Nos anos seguintes, o Google lançou mais de vinte atualizações e “data refreshes” do Panda, ajustando continuamente seus critérios de qualidade.
O complemento indispensável do Panda foi a Atualização Penguin, lançada em abril de 2012.
Se o Panda se concentrava na qualidade do conteúdo, o Penguin tinha foco nos links. Sua criação tinha o propósito de penalizar sites que infringiam as diretrizes do Google por meio de esquemas de links “black hat”, como a compra de links ou a participação em redes de links construídas para inflar as classificações de forma artificial.
O lançamento inicial do Penguin 1.0 afetou cerca de 3% das consultas. Assim como o Panda, o Penguin evoluiu com atualizações importantes como o Penguin 2.0 (maio de 2013) e o Penguin 3.0 (outubro de 2014), que aprofundaram a análise dos perfis de links. A evolução culminou com o Penguin 4.0 em setembro de 2016, quando ele foi integrado ao algoritmo principal do Google, operando em tempo real e de forma mais granular. Em vez de penalizar sites inteiros, ele passou a desvalorizar links de spam específicos, uma mudança sutil, mas profunda.
Outras atualizações relevantes deste período reforçaram o tema da qualidade:
- Algoritmo de Layout de Página (“Top Heavy”) (janeiro de 2012): Penalizou páginas com um volume excessivo de anúncios na parte superior, prejudicando a experiência do usuário.
- EMD (Exact Match Domain) (setembro de 2012): Desvalorizou sites de baixa qualidade que conseguiam bons rankings apenas por conterem palavras-chave exatas em seus nomes de domínio.
- Atualização Pirate (agosto de 2012): Mirou em sites com um alto número de denúncias de violação de direitos autorais, combatendo a pirataria de conteúdo.
Essas atualizações simbolizaram uma transição determinante na metodologia do Google. Em vez de penalizar táticas discretas, como o uso excessivo de palavras-chave, a empresa passou a avaliar a qualidade holística dos ativos de um site.
Para se recuperar do Panda, não era suficiente apenas remover algumas palavras-chave; era preciso aprimorar ou remover por completo conteúdo de baixa qualidade.
Para se recuperar do Penguin, era necessário rejeitar links prejudiciais e construir um perfil de links saudável.
Essa mudança exigiu a profissionalização do SEO, demandando competências em estratégia de conteúdo, experiência do usuário e relações públicas digitais, o que estabeleceu as bases para o marketing digital atual.
2013–2018: a era da semântica e do contexto
Este período representa um ponto de virada estratégica para o Google, que se afastou da dependência de uma correspondência literal de palavras-chave para adotar uma compreensão mais avançada da linguagem, do contexto e das intenções de busca dos usuários.
Foi a era em que a inteligência artificial e o aprendizado de máquina se tornaram componentes centrais dos algoritmos de classificação. O objetivo passou de simplesmente encontrar documentos para entregar respostas precisas. Aqui nasce a ideia do SEO semântico.
A alteração mais substancial foi a atualização Hummingbird, em setembro de 2013. Ao contrário de Panda e Penguin, o Hummingbird não foi uma atualização punitiva, mas sim uma completa reformulação do algoritmo de busca principal.
Seu propósito era analisar melhor as consultas em linguagem natural e entender as relações entre os conceitos, migrando de “strings para things” (de sequências de caracteres para entidades). Essa foi a fundação arquitetônica para a compreensão da intenção por trás das palavras, permitindo ao Google responder a perguntas complexas em vez de se restringir a corresponder a palavras-chave.
Dois anos depois, em outubro de 2015, o Google introduziu o RankBrain, o primeiro componente de classificação impulsionado por IA. Ele foi projetado para interpretar consultas ambíguas ou inéditas, os 15% das pesquisas que o Google nunca havia visto antes.
O RankBrain aprende a reconhecer sinais latentes de relevância que vão além das palavras-chave, auxiliando o Google a classificar páginas para consultas complexas e de cauda longa com uma precisão sem precedentes.
Paralelamente, o Google aprimorou a busca local.
A atualização Pigeon, em julho de 2014, integrou de forma mais aprofundada os sinais de classificação da busca tradicional na Web aos resultados de busca locais, tornando-os mais pertinentes e precisos. A atualização Possum, em setembro de 2016, refinou ainda mais os resultados locais, filtrando listagens com base na localização física para diversificar os resultados no “pacote local”. A atualização Hawk, em agosto de 2017, foi uma correção posterior à filtragem excessiva do Possum.
A necessidade de adaptação a dispositivos móveis também marcou essa era. A atualização Mobile-Friendly, apelidada de “Mobilegeddon”, em abril de 2015, foi um marco importante.
Pela primeira vez, a compatibilidade com dispositivos móveis se tornou um fator de classificação direto para as pesquisas feitas em smartphones. Essa medida obrigou a Web a se adaptar à ascensão dos dispositivos móveis, com uma segunda atualização, em abril de 2016, para intensificar o efeito do sinal de classificação.
O efeito acumulado dessas atualizações foi a transformação do Google de um “motor de busca de banco de dados” em um “motor de respostas”. O sistema já não se limitava a indexar e recuperar documentos que continham palavras específicas. Ele passou a desconstruir a intenção do usuário (seja ela informacional, navegacional, transacional ou local), considerando seu contexto (localização, dispositivo) e fornecendo a solução mais relevante.
Essa mudança substancial na filosofia abriu o caminho para funcionalidades como o Grafo do Conhecimento e, mais recentemente, para as Visões Gerais de IA (AI Overviews).
2019–presente: a era centrada no usuário e na IA
A fase atual da evolução do Google é a mais complexa, caracterizada pela incorporação profunda de inteligência artificial para compreender as sutilezas da linguagem, um foco abrangente na experiência geral do usuário e a oficialização de conceitos como Experiência, Especialidade, Autoridade e Confiabilidade (E-E-A-T) como os princípios basilares da qualidade do conteúdo.
A compreensão da linguagem deu um salto com a atualização BERT (Bidirectional Encoder Representations from Transformers) em outubro de 2019. Essa tecnologia de processamento de linguagem natural permitiu ao Google entender o contexto completo de uma palavra, analisando as palavras que a antecedem e a seguem.
Isso aprimorou dramaticamente os resultados para consultas longas e em formato de conversa, afetando 10% das buscas. A próxima geração dessa tecnologia, o MUM (Multitask Unified Model), introduzido em junho de 2021, é 1.000 vezes mais potente do que o BERT e é capaz de compreender informações em diferentes idiomas e formatos (como texto e imagens) de modo simultâneo.
A experiência do usuário foi formalizada como um fator de classificação direto na atualização de Experiência de Página, em junho de 2021. Esta atualização apresentou os Core Web Vitals, um conjunto de métricas que medem a velocidade de carregamento (Largest Contentful Paint – LCP), a interatividade (First Input Delay – FID) e a estabilidade visual (Cumulative Layout Shift – CLS), que se somaram a sinais já existentes, como a compatibilidade com dispositivos móveis e com HTTPS. Uma versão para desktop foi lançada em fevereiro de 2022.
Um dos desenvolvimentos mais importantes desta era foi o Sistema de Conteúdo Útil (Helpful Content System), lançado em agosto de 2022. Este foi um novo sinal que abrange todo o site, criado para recompensar o conteúdo feito para pessoas e penalizar o que é criado principalmente para os motores de busca.
A atualização de setembro de 2023 teve um impacto considerável, afetando muitos sites que não demonstravam um propósito claro e útil.
Em uma mudança gigantesca em março de 2024, o Sistema de Conteúdo Útil foi totalmente incorporado ao algoritmo principal, o que significa que a “utilidade” deixou de ser um sistema à parte para se tornar parte integral e contínua da avaliação do Google.
A autenticidade também se tornou um foco, especialmente com as atualizações de Análises de Produtos, que começaram em abril de 2021. Essa série de atualizações elevou o nível para o conteúdo de análise, recompensando pesquisas aprofundadas, conhecimento especializado e a demonstração de uso prático.
Em abril de 2023, o sistema foi ampliado para cobrir todos os tipos de análises (serviços, destinos, etc.), e o Google anunciou que as melhorias futuras seriam contínuas e sem anúncio prévio.
A frequência e a volatilidade das Core Updates (atualizações centrais) aumentaram neste período.
A Core Update de março de 2024 foi a maior e mais complexa até hoje, combinada com novas políticas de spam que visam ao “abuso de conteúdo em escala” e ao “abuso da reputação do site”. Essas políticas representam a postura mais enérgica do Google contra conteúdo manipulador e de baixa qualidade na era da IA generativa, penalizando práticas como a apropriação de domínios expirados para classificar conteúdo duvidoso ou o aluguel de subdomínios em sites de reputação para fins de spam (“parasite SEO”).
Essa evolução demonstra uma mudança na unidade de avaliação de qualidade do Google: da página para o domínio ou para o criador.
Sinais que abrangem todo o site, como o Sistema de Conteúdo Útil, indicam que um site agora é julgado por seu propósito geral e por sua proposta de valor. Ter um volume significativo de conteúdo inútil pode prejudicar a classificação do conteúdo útil no mesmo domínio. Isso eleva a relevância da marca, da reputação e da experiência demonstrável acima de táticas de SEO isoladas, exigindo uma curadoria cuidadosa de todo o site, e não apenas a otimização de páginas individuais.
O que tudo isso impactou no uso do Google e no SEO?
A jornada do algoritmo do Google, que partiu de um sistema simples de recuperação de palavras-chave para se tornar um motor de respostas complexo e impulsionado por IA, pode ser sintetizada em arcos evolutivos nítidos que guiam a estratégia digital para hoje e para o futuro.
Os principais arcos temáticos são:
- Da aplicação de regras para a recompensa da qualidade: uma transição de punir transgressões técnicas (como nas atualizações “Florida” e “Jagger”) para promover ativamente a qualidade holística (como em “Panda” e no “Helpful Content System”).
- Palavras-chave para a intenção: A mudança da correspondência textual (“strings”) para a compreensão das necessidades do usuário (“things”), por meio da busca semântica (“Hummingbird”) e da IA (“BERT”, “RankBrain”).
- Da avaliação no nível da página ao nível do site: a evolução para avaliar domínios com base em sua utilidade geral, propósito e reputação, como evidenciado pelo “Helpful Content System” e pelas políticas de “Abuso de Reputação do Site”.
- De regras estáticas para sistemas dinâmicos: a passagem de atualizações periódicas e baseadas em regras (“Panda”, “Penguin”) para sistemas de IA contínuos e integrados, que compõem o algoritmo principal.
As tendências mais recentes, como a integração das Visões Gerais de IA (AI Overviews) e a batalha contínua contra o conteúdo de baixo esforço gerado por IA, indicam que a busca continuará a se orientar por respostas mais diretas e por uma ênfase ainda maior na autenticidade e na experiência em primeira mão.
Linha do Tempo das atualizações do algoritmo de busca do Google
A tabela a seguir fornece uma referência cronológica das principais atualizações do algoritmo do Google, destacando seu nome, data de lançamento, foco principal e um resumo conciso de seu propósito.
| Nome da Atualização | Data de Lançamento | Foco Principal | Resumo Conciso |
| Fritz | Julho de 2003 | Infraestrutura | Marcou a mudança do Google para atualizações diárias e contínuas (“everflux”) em vez de uma grande “Google Dance” mensal. 2 |
| Florida | Novembro de 2003 | Spam On-Page | Primeira grande atualização que penalizou táticas de SEO manipuladoras, como o excesso de palavras-chave. 2 |
| Austin | Janeiro de 2004 | Spam On-Page | Marcou a mudança do Google para atualizações diárias e contínuas (“everflux”) em vez de uma grande “Google Dance” mensal. 2 |
| Jagger | Outubro de 2005 | Spam de Links | Série de atualizações que visavam links de baixa qualidade, incluindo fazendas de links e links pagos. 2 |
| Big Daddy | Dezembro de 2005 | Infraestrutura | Atualização da infraestrutura de rastreamento e indexação do Google para um processamento mais eficiente. 2 |
| Vince | Fevereiro de 2009 | Autoridade | Pequena mudança que começou a favorecer grandes marcas e sites de autoridade para consultas genéricas. 2 |
| Caffeine | Junho de 2010 | Infraestrutura | Revisão completa do sistema de indexação para resultados 50% mais recentes e processamento quase em tempo real. 1 |
| Panda | Fevereiro de 2011 | Qualidade do Conteúdo | Grande atualização projetada para rebaixar sites com conteúdo de baixa qualidade, superficial ou copiado. 2 |
| Freshness | Novembro de 2011 | Relevância | Ajustou o algoritmo para dar mais peso a resultados recentes para consultas sensíveis ao tempo. 2 |
| Continuação da “Florida”, visando táticas de spam on-page mais enganosas. 2 | Janeiro de 2012 | Experiência do Usuário | Penalizou sites com excesso de anúncios na parte superior da página. 2 |
| Venice | Fevereiro de 2012 | Busca Local | Integrou mais fortemente os resultados de busca local com os resultados da busca orgânica tradicional. 2 |
| Penguin | Abril de 2012 | Spam de Links | Page Layout (“Top Heavy”) |
| Pirate | Agosto de 2012 | Direitos Autorais | Rebaixou sites que recebiam um grande número de notificações de remoção por violação de direitos autorais. 2 |
| EMD (Exact Match Domain) | Setembro de 2012 | Qualidade do Conteúdo | Reduziu a vantagem de classificação de domínios de baixa qualidade que correspondiam exatamente a uma palavra-chave. 2 |
| Hummingbird | Setembro de 2013 | Algoritmo Principal / Semântica | Substituição completa do algoritmo principal para entender melhor a intenção por trás das consultas conversacionais. 2 |
| Pigeon | Julho de 2014 | Busca Local | Melhorou os resultados de busca local ao integrar mais profundamente os sinais de classificação da web tradicional. 2 |
| Visou e penalizou sites que utilizavam esquemas de links manipuladores e “black hat”. 2 | Abril de 2015 | Mobile | Tornou a compatibilidade com dispositivos móveis um sinal de classificação direto para buscas em dispositivos móveis. 2 |
| RankBrain | Outubro de 2015 | IA / Algoritmo Principal | Introduziu um sistema de aprendizado de máquina para ajudar a interpretar e classificar consultas novas e ambíguas. 2 |
| Possum | Setembro de 2016 | Busca Local | Refinou os resultados locais, diversificando as listagens e filtrando com base na localização física. 2 |
| Fred | Março de 2017 | Qualidade do Conteúdo / Links | Atualização não confirmada que parecia visar sites de baixa qualidade com conteúdo focado em receita e links ruins. 2 |
| Medic Core Update | Agosto de 2018 | Algoritmo Principal / E-A-T | Ampla atualização do algoritmo principal que impactou significativamente sites de saúde e bem-estar (YMYL). 2 |
| BERT | Outubro de 2019 | IA / Compreensão da Linguagem | Utilizou processamento de linguagem natural para entender melhor o contexto das palavras em uma consulta de busca. 2 |
| Page Experience | Junho de 2021 | Experiência do Usuário | Introduziu os Core Web Vitals (velocidade, interatividade, estabilidade visual) como sinais de classificação. 2 |
| Product Reviews Update | Abril de 2021 | Qualidade do Conteúdo | Série de atualizações para recompensar análises de produtos aprofundadas, úteis e baseadas em experiência. 2 |
| Helpful Content System | Agosto de 2022 | Qualidade do Conteúdo | Refinou os resultados, Marços, diversificando as listagens e filtrando com base na localização física. 2 |
| Reviews Update | Abril de 2023 | Qualidade do Conteúdo | Mobile-Friendly (“Mobilegeddon”) |
| Refinou os resultados, Marços, diversificando as listagens e filtrando com base na localização física. 2 | Março de 2024 | Algoritmo Principal / Spam | Expandiu o sistema de “Análises de Produtos” para cobrir todos os tipos de conteúdo de análise. 2 |
| Site Reputation Abuse | Maio de 2024 | Spam | Atualização massiva que integrou o “Helpful Content System” e introduziu novas políticas de spam. 2 |
| August 2024 Core Update | Agosto de 2024 | Algoritmo Principal | Atualização principal que levou em consideração o feedback da atualização de conteúdo útil de setembro de 2023. 2 |
Referências citadas
- Atualizações do algoritmo do Google: de 2003 a 2025- Conversion, acessado em setembro 14, 2025, https://www.conversion.com.br/blog/atualizacoes-algoritmo-google/
- Google algorithm updates: The complete history – Search Engine Land, acessado em setembro 14, 2025, https://searchengineland.com/library/platforms/google/google-algorithm-updates
- Timeline of Google Search – Wikipedia, acessado em setembro 14, 2025, https://en.wikipedia.org/wiki/Timeline_of_Google_Search
- Linha do tempo: como os algoritmos do Google afetam seu site – Tracto Content Marketing, acessado em setembro 14, 2025, https://www.tracto.com.br/algoritmos-do-google/
- Atualizações do algoritmo do Google: O que você precisa saber agora, acessado em setembro 14, 2025, https://www.buscacliente.com.br/blog/atualizacoes-do-algoritmo-do-google/
- Google Algorithm Updates & Changes: A Complete History, acessado em setembro 14, 2025, https://www.searchenginejournal.com/google-algorithm-history/
- Atualizações do Google Mudanças, melhorias e SEO – Experta Media, acessado em setembro 14, 2025, https://www.expertamedia.com.br/mercados/atualizacoes-do-google/
- Google algorithm updates 2022 in review: Core updates, product reviews, helpful content updates, spam updates and beyond – Search Engine Land, acessado em setembro 14, 2025, https://searchengineland.com/google-algorithm-updates-2022-in-review-core-updates-product-reviews-helpful-content-updates-spam-updates-and-beyond-390573
- Google algorithm updates 2024 in review: 4 core updates and 2 spam updates – Search Engine Land, acessado em setembro 14, 2025, https://searchengineland.com/google-algorithm-updates-2024-449417





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