Virtual

O termo virtual vem do latim medieval Virtuale ou Virtualis, cujo radical Virtus foi mantido e significa: virtude, força ou potência.

Como eu entendo o virtual

Em sua obra fundamental, O que é o Virtual, Pierre Lévy define o virtual de uma forma clara e reveladora.

Lévy classifica como “fácil e enganosa” a oposição entre real e virtual, defendendo que o virtual, na verdade, se opõe ao atual, na medida em que tende a se atualizar, sem alcançar uma concretização efetiva. Junto a isso, afirma que o virtual se distingue do possível, na medida em que este último já estaria constituído, estando somente em estado latente, pronto a se transformar no real.

Dessa forma, o virtual assume a condição de algo que fornece as tensões para o processo criativo que envolve a atualização, não sendo algo previsível e estático, como a passagem do possível para o real.

O virtual assume o lugar do significado, de matriz geradora, em oposição à atualização particular do significante, ou o atual. Lévy compara também o virtual a um “vazio motor” e a partir disso, trabalha com o conceito de virtual, qualificando como uma de suas principais modalidades, ou seja, o desprendimento do aqui e agora.

A virtualização amplia a variabilidade de espaços e temporalidades, enquanto novos meios de comunicação estabelecem modalidades diversificadas de tempo e espaço que diferenciam aqueles que estão envolvidos entre si e também em relação aos que se situam fora do novo sistema. Essa atribuição de valor em função das diferenças é aplicada por Lévy ao processo de virtualização. Para ele, a ampliação da comunicação e da velocidade compartilham a “tensão em sair de uma presença”.

Existem vários tipos de virtualização, como por exemplo a virtualização do texto, da ação, do presente, da violência, do corpo, entre outros. A virtualização sempre esteve presente em nossas vidas, e ela influencia em diversos aspectos, em especial no que diz respeito à evolução da espécie humana.